3 livros para conhecer e se importar com a Amazônia
Atualizado: 9 de dez. de 2020
*Imagem de capa retirada do livro Amazônia exótica: curiosidades da floresta, de Olímpia Reis Resque
A leitura sempre foi uma forma de conhecer novos mundos e novas visões. Com a chegada da pandemia do Coronavírus e da quarentena, nossas vidas mudaram drasticamente. Impossibilitados de sair de casa, passar o dia inteiro na Netflix parece uma boa ideia. Mas que tal dar aos livros a chance de nos entreter com qualidade e nos dar mais razões para nos importarmos com o meio ambiente? Conheça aqui, alguns livros que ajudarão na sua jornada de ativismo ambiental:
Amazônia: por uma economia do conhecimento da natureza, de Ricardo Abramovay
Nesse livro, o professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP contesta a visão retrógrada de que para haver crescimento econômico na Amazônia são necessárias atividades agropecuárias como o plantio de soja e a criação de gado, grandes causadores do desmatamento. "Amazônia: por uma economia do conhecimento da natureza" nos mostra uma reflexão acerca de como práticas sustentáveis podem reverter os processos de desertificação da floresta e ainda incentivar a economia. A valorização das experiências e da cultura de povos nativos em conjunto com o avanço da ciência e tecnologia é a chave para que a Amazônia contribua globalmente na luta contra a crise climática.
"Amazônia: por uma economia do conhecimento da natureza" está por R$29,90 no site da Editora Elefante
A Queda do Céu, de Davi Kopenawa e Bruce Albert
Um relato do xamã Davi Kopenawa ao etnólogo Bruce Albert. Um protesto que denuncia a destruição da floresta amazônica e dos Yanomami pelo seu pior predador: o homem branco, ou "povo da mercadoria". O livro é repleto de fotos que retratam o seu povo, juntamente com seu modo de vida e visão de mundo. Acaba por simbolizar uma jornada espiritual e de luta política, já que Davi também é ativista ambiental
"A Queda do Céu" está por R$67,92* no site do Grupo Companhia das Letras
*Preço promocional
O Turista Aprendiz, de Mário de Andrade
Nesse clássico de um dos maiores poetas brasileiros, é narrada a sua viagem ao Norte do país. No diário, é possível visualizar reflexões acerca de si mesmo, problematizando o eurocentrismo presente no Brasil e se preocupando com a identidade nacional e com a marginalização de grupos sociais como povos ribeirinhos e indígenas.
"O Turista Aprendiz" está disponível por R$44,90* no site da Amazon
*Preço promocional
"A floresta está viva. Só vai morrer se os brancos insistirem em destruí-la. Se conseguirem, os rios vão desaparecer debaixo da terra, o chão vai se desfazer, as árvores vão murchar e as pedras vão rachar no calor. A terra ressecada ficará vazia e silenciosa. Os espíritos xapiri, que descem das montanhas para brincar na floresta em seus espelhos, fugirão para muito longe. Seus pais, os xamãs, não poderão mais chamá-los e fazê-los dançar para nos proteger. Não serão capazes de espantar as fumaças de epidemia que nos devoram. Não conseguirão mais conter os seres maléficos, que transformarão a floresta num caos. Então morreremos, um atrás do outro, tanto os brancos quanto nós. Todos os xamãs vão acabar morrendo. Quando não houver mais nenhum deles vivo para sustentar o céu, ele vai desabar"
- Davi Kopenawa, A Queda do Céu
Para LER mais:
Nexo Jornal: Como a viagem de Mário de Andrade à Amazônia impactou sua obra
Quatro cinco um, a revista dos livros: Listão Verde e Ouvir a diferença
Revista Piauí: A Floresta Difícil